Após
vermos o Tratado de Versalhes, assinado no ano de 1919, temos uma outra
efeméride ao qual temos que nos atentar, os 90 anos da Grande Depressão, ou
também chamada de Crise de 1929.
Um
longo período de depressão econômica e que persistiu ao longo de quase toda
década de 30.
A
Grande Depressão é considerada o pior e mais longo período de recessão
econômica do sistema capitalista do século XX.
Causou
altos índices de desemprego, quedas drásticas do produto interno bruto (PIB) de
diversos países, bem como quedas também na produção industrial, preço de ações
e em praticamente todo medidor de atividade econômica nos mais diversos países
capitalistas.
O dia
24 de outubro de 1929 é considerado, popularmente, como o início da Grade
Depressão, mas a produção industrial nos Estados Unidos já estava dando
indícios de queda desde o fim de julho, no entanto, foi apenas em outubro que a
bolsa de valores de Nova York a New York
Stock Exchange, tornou-se notícia no mundo inteiro com o crash da bolsa,
esse dia ficou conhecido também como “Quinta-feira Negra”.
Os
efeitos dessa crise econômica foram sentidos no mundo inteiro e sua intensidade
varia de país para país. Vamos abordar aqui o caso da Alemanha, que após a
Primeira Guerra Mundial passava por um momento delicado econômica e socialmente
falando; estava tendo que pagar a indenização imposta pelos países vencedores e
ainda tentar manter sua economia funcionando. É nesse contexto que surge o
Plano Dawes, como uma iniciativa de garantir o pagamento da dívida alemã e ainda
ajudar sua economia a voltar a funcionar com “as próprias pernas”; dava maiores
prazos de pagamento das parcelas, garantia a inviolabilidade de seu território
e ao mesmo tempo mantinha a Alemanha longe da esfera de influência da União
Soviética e do socialismo, que nessa altura procurava expandir sua influência
pelo leste europeu em direção ao centro da Europa. De certo modo, consegue-se
estabilizar a economia alemã para que ela possa gradualmente crescer e ao mesmo
tempo cumprir com suas obrigações internacionais; aqui soma-se ao Plano Dawes o
chamado Plano Young, que diminuía sensivelmente o valor das parcelas a serem
pagas.
A soma
de todos esses fatores na segunda metade da década de 20 ocasionava considerável
recuperação na economia alemã, a reativação gradual de seu parque industrial, o
controle financeiro e a reposição da mão-de-obra começam a ter efeitos positivos
na economia que registra um crescimento, mas até o ano de 1929 quando a crise
da bolsa de Nova York se espalha pelo mundo e põe abaixo todo esforço alemão de
restauração.
Quando
a Grande Depressão chegou a Alemanha o governo acreditou que apenas realizando
cortes de gastos públicos era suficiente para estimular o crescimento econômico
novamente, assim cortou drasticamente os gastos estatais; a República de Weimar
cortou completamente todos os fundos públicos ao programa de ajuda social aos
desempregados o que só contribuiu para que o indicie de desemprego atingisse um
patamar altíssimo nesse período, chegando a alcançar 45% da população em 1932. Com
a classe média e baixa desempregados e extrema manentes descontentes o país se
afundou na desordem. A República de Weimar havia perdido toda sua credibilidade
frente a população, principalmente a classe média que viam seus direitos “tradicionais”
sendo violados e seus valores feridos (aquela camada mais conservadora da
população). Este foi mais um fator que proporcionou o surgimento de regimes
ditatoriais ditos ultradireita nacionalistas e que também facilitou a ascensão
de Adolf Hitler ao governo em 1933, marcando assim o fim da Republica Weimar e
iniciando um período que ficaria conhecido como II Reich.
Para mais informações, recomendo demais um vídeo do canal História Online, onde o Professor Rodolfo Neves dá uma excelente aula sobre o tema. Espero que assistam e aproveitem, o link está logo abaixo:
Aula do História Online - Crise de 1929.
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